Blog

Hoje comemoramos o dia do Urbanismo e o que isso significa?

Hoje, no dia do Urbanismo, abordamos um pouco da sua história, seus reflexos nos dias atuais e como deve ser a cidade do presente e do futuro, na visão da autora.
woman-enjoying-her-exterior-hobbies

A imagem acima reflete o desenho da cidade que gostaríamos e idealizamos sendo planejado.

Você já parou para pensar em como somos impactados pelo ambiente ao nosso redor? Em como passamos a maior parte do nosso tempo em espaços construídos?

Neste Dia do Urbanismo, quero destacar a importância desse planejamento e o quanto o urbanismo impacta nossa vida. Vamos juntos explorar mais sobre isso?

Passamos a maior parte de nossas vidas em espaços construídos, sejam eles nossas casas, locais de trabalho, supermercados, escolas, livrarias, shoppings, entre outros. E o que esses espaços têm em comum? Todos fazem parte das cidades.

Quando olhamos para a história, observamos as primeiras cidades, chamadas de cidades medievais, que eram construídas de forma radial, com uma igreja no centro, desempenhando um papel central na vida religiosa e social da comunidade. Essas cidades tinham limites bem definidos, geralmente muralhas para proteção contra invasões e ataques.

Com o passar do tempo, uma fase de pré-urbanismo trouxe cidades idealizadas por pensadores, historiadores, economistas e políticos, que projetavam uma cidade baseada nos valores e ideais sociais da época, mas geralmente delegavam a terceiros o desenho propriamente dito.

Com o surgimento da industrialização, o desenho das cidades passou a focar no embelezamento e na sanitização, com o objetivo de torná-las funcionais. Naquele tempo, os problemas de insalubridade eram graves devido à falta de infraestrutura de esgoto e drenagem. Assim, as cidades se tornaram um reflexo das mudanças sociais, moldando-se de acordo com as divisões de classe e os novos desafios.

O urbanismo surgiu como uma resposta às condições caóticas e insalubres das cidades que cresciam rapidamente com a industrialização. Nesse período, o planejamento urbano passou a ser feito por arquitetos e especialistas como Ildefons Cerdà, Georges-Eugène Haussmann, Ebenezer Howard e Patrick Geddes, que trouxeram novas ideias e intervenções para reorganizar os espaços urbanos.

Com a Revolução Industrial, o foco das ruas passou a ser os automóveis, e até hoje vivemos esse reflexo, com espaços pensados para veículos, não para pedestres. As ruas com altas velocidades mudaram a forma como vivemos, enquanto antes elas eram seguras para todos e compartilhadas por toda a comunidade.

Os desenhos das cidades, além de históricos, refletem as transformações de cada época. As cidades medievais, a Revolução Industrial e as mudanças atuais continuam impactando a forma como vivemos.

Hoje, o urbanismo responde a novas necessidades. As cidades podem ser melhores quando pensadas para quem as habita: as pessoas. Buscamos mais espaços públicos de qualidade, agradáveis, bem planejados, com escala humana, sustentáveis, saudáveis, seguros e cheios de vida.

Um bom urbanismo impacta a todos: ele cria espaços de pertencimento, gera empregos e desenvolvimento econômico para o município, oferece às universidades um ambiente de experimentação e novas soluções, e permite que o governo transforme as cidades por meio de inovações, tecnologias e boas práticas.

Na minha visão, a cidade de hoje e a cidade do futuro devem ser colaborativas, lugares de encontro, lazer e convivência, onde as pessoas se sintam bem, acolhidas, felizes e, principalmente, seguras.

Como disse o arquiteto urbanista Jaime Lerner: “Encontro deve se traduzir em qualquer momento de convivência com a cidade, seja no trabalho, no transporte ou no lazer.”

Na próxima vez que sair de casa, olhe ao seu redor e reflita sobre como o urbanismo impacta o seu dia a dia, como a cidade foi pensada e como a arquitetura se comporta à sua volta.

Feliz Dia do Urbanismo!

LinkedIn
Facebook
WhatsApp
Email

Ana Clara Balieiro

Arquiteta e Urbanista com foco em Smart City, sendo facilitadora para a gestão pública com a gestão privada. Hoje faço parte da equipe de Comunicação, trazendo Conteúdos Técnicos e Relacionamentos Estratégicos em Cidades Inteligentes do iCities - The Smart Cities Hub. Atuei na equipe de curadoria do Smart City Expo Curitiba, o segundo maior evento do mundo e o maior evento de cidades inteligentes da América Latina, também pelo iCities - The Smart Cities Hub. Meu trabalho é voltado a implementar cidades com mais qualidade de vida, mais humanas, sensoriais, colaborativas e inovadoras, explorando as técnicas de psicoarquitetura e rapport para transformar as cidades, mantendo suas características e cultura. Tenho experiência no desenvolvimento de projetos arquitetônicos e de interiores, de empreendimentos comerciais e residenciais, os quais foram utilizadas técnicas voltadas para a arquitetura sensorial e de psicoarquitetura, explorando todas as necessidades e características de cada cliente, de forma artesanal, personalizada e única.